Operação Abatedouro

Receita e PF investigam sonegação em frigoríficos

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21 de junho de 2007, 17h06

A Receita Federal e a Polícia Federal desencadearam, nesta quinta-feira (21/6), operação para combater suposta sonegação de impostos em frigoríficos no Maranhão, Pará e Tocantins. Estima-se que as irregularidades teriam causado prejuízos de R$ 2 bilhões nos últimos cinco anos.

As irregularidades apontadas de Receita envolvem cerca de 20 empresas e 32 pessoas físicas, entre funcionários das empresas, pessoas não localizadas ou com endereços falsos. Cerca de 51 auditores fiscais e 150 agentes policiais federais foram mobilizados.

Batizada de “Abatedouro”, a operação está cumprindo 22 mandados de busca e apreensão e nove de prisão contra empresas maranhenses suspeitas de sonegação fiscal, apropriação indébita previdenciária, falsidade ideológica e formação de quadrilha.

A operação é a primeira envolvendo a investigação de crimes previdenciários da Super Receita, que começou a funcionar em maio desde ano.

As investigações foram iniciadas há um ano pela inteligência da Receita e passou a ter o apoio da PF nos últimos seis meses. Nesse período constatou-se que frigoríficos provavelmente estariam utilizando empresas fantasmas em nome de sócios laranjas para sonegar impostos, além de contribuições previdenciárias e trabalhistas.

De acordo com as equipes de Inteligência da Receita, as operações de compra de boi, abate e venda da carne no mercado atacadista, entre outras, seriam feitas através empresas de fachada.

Diante disso, segundo a Receita, os reais donos dos frigoríficos conseguiriam escapar da fiscalização e do pagamento das dívidas, evitando a penhora de bens. Para manter o esquema, empresas eram abertas e fechadas em ritmo acelerado, afirma a Receita.

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