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PMs estão entre suspeitos de matar jornalista em SP

8 de junho de 2007, 13h57

Por Redação ConJur

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Reportagem da Folha de S. Paulo mostrou que policiais militares estão entre os suspeitos do assassinato do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho. Ele foi assassinado a tiros, em 5 de maio, em Porto Ferreira (228 km ao norte de São Paulo).

Barbon reportou o esquema de exploração sexual de menores, o que levou à condenação de seis vereadores, três empresários e um funcionário público. Ele apontou, ainda, irregularidades em contratos da prefeitura.

A reportagem em que mostrou o esquema de exploração sexual de meninas adolescentes por pessoas influentes na cidade, publicadas no Jornal Realidade de Porto Ferreira, valeu para Barbon a indicação para a final do Prêmio Esso de Jornalismo, categoria Interior, em 2003.

No inquérito conduzido sob sigilo pela Delegacia de Investigações Gerais de São Carlos, uma das principais linhas de investigação é a de que o crime pode ter PMs como autores. A major Marli Rossi Silva dos Reis, da PM de São Carlos, informou que a corporação “desconhece o envolvimento de policial militar na morte”.

Barbon foi morto por volta das 21h, no Bar das Araras, que fica próximo à rodoviária da cidade. Testemunhas informaram que dois homens vestidos com roupas pretas e encapuzados chegaram ao bar em uma moto. Segundo a PM, o homem que estava na garupa desceu da moto, se aproximou do jornalista e disparou dois tiros à queima roupa. O jornalista, atingido na perna e no abdômen, ainda foi levado ao Pronto Socorro, mas não resistiu.