Matança no Peru

Sobreviventes de massacre acionam ex-comandantes nos EUA

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20 de julho de 2007, 0h00

Duas mulheres que sobreviveram a um massacre contra 69 pessoas, ocorrido no Peru em 1985 e praticado pelo Exército, ajuizaram ações nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (19/7), contra dois ex-comandantes. Eles são acusados de crimes de guerra, tortura, crimes contra a humanidade e execuções. As informações são do site Findlaw.

As ações foram ajuizadas em cortes federais de Miami, na Flórida, e em Greenbelt, em Maryland, contra os comandantes Telmo Ricardo Hurtado e Juan Rivera Rondon, que lideravam unidades militares peruanas no chamado Massacre de Accomarca. O massacre ocorreu em 14 de agosto de 1985, num embate militar entre tropas do governo e membros do grupo marxista maoísta Sendero Luminoso. Morreram 26 mil pessoas.

“Os dois comandantes escaparam da justiça por muitos anos e devem agora responder pelas atrocidades que cometeram contra a população civil”, disse Pamela Merchant, diretora-executiva do Centro de Justiça, ONG baseada em São Francisco, e que ajuizou a ação.

As autoras da ação são Teofila Ochoa e Cirila Pulido, que tinham 12 anos quando ocorreu o massacre. Os documentos dão conta que os dois militares bloquearam as rotas de Accomarca. Hurtado esteve nos Estados Unidos, em 2002, e está preso em Miami, numa prisão federal, por ter falsificado seu visto. Rondon vive em Maryland.

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