Contra o Congresso

MP americano investiga ligação de senadores com prostituição

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12 de julho de 2007, 15h51

O publisher Larry Flynt, editor-chefe da revista pornográfica Hustler, afirmou nesta quinta-feira (12/7), em Beverly Hills, Los Angeles, que está atrás de histórias de advogados e membros do Congresso dos Estados Unidos, que estariam “metidos até a alma” com serviços de acompanhantes sexuais. O Ministério Público Federal dos Estados Unidos está investigando essa cadeia de prostituição.

Flynt disparou o primeiro tiro contra o senador republicano Davis Vitter, que segundo o editor “cometeu gravíssimos pecados”. As informações são do site Findlaw.

O senador admitiu ter recebido ligações telefônicas da Hustler, pedindo-lhe que desse sua versão das acusações. Vitter tem 46 anos de idade, é conservador e luta ardorosamente contra uniões civis entre homossexuais.

Flynt ofereceu US$ 1 milhão para qualquer profissional do sexo que admita ter mantido relações sexuais com advogados ligados a partidos ou com membros do Congresso dos Estados Unidos. “Temos já investigações contra 20 pessoas e elas parecem estar indo muito bem”, disse Flynt.

Ele começou a ficar rico quando, na metade da década de 70, criou um cadeia de clubes de strip-tease em Ohio, o Hustler Go Go Club. A partir daí, lançou a revista Hustler. Um ano depois do lançamento, a publicação alcançou seu sucesso em 1975, com a edição de fotos de Jacqueline Kennedy Onassis, nua na Ilha de Skorpios. Logo após a venda de 2 milhões de exemplares, a censura e a direita conservadora, junto com grupos religiosos, tentaram impedir a circulação da revista.

O advogado Alan Isaacman passou a defender Flynt, que até hoje é tido como um dos maiores defensores da liberdade de expressão nos Estados Unidos. O filme “O povo contra Larry Flynt”, dirigido por Milos Forman, e que trata dos processos contra o editor, ganhou em 1999 o Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim. Também recebeu dois Globos de Ouro, como melhor diretor e melhor roteiro.

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