Testemunha polêmica

Depoimento gera polêmica em julgamento de ex-produtor dos Beatles

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10 de julho de 2007, 15h27

Um dos casos mais famosos do ano nos Estados Unidos entrou, nesta terça-feira (10/7), na sua fase mais polêmica. Os advogados do produtor Phil Spector arrolaram um médico para depor aos jurados. Ele afirmou que a atriz Lana Clarkson, supostamente assassinada pelo produtor, tinha propensões ao suicídio. Os promotores do caso ficaram irritados. As informações são do site Findlaw

Spector é conhecido por ter remixado o álbum Let It Be dos Beatles. Ele também co-produziu o último disco de John Lennon, Imagine e a obra All Things Must Pass, de George Harrison. Seu julgamento é tido como o maior e mais polêmico do ano nos Estados Unidos.

Lana Clarkson morreu com um tiro no rosto em 3 de fevereiro de 2003. A atriz ficou famosa por ser a estrela de um filme do cineasta Roger Corman, A Rainha Bárbara. Num e-mail distribuído a amigos, Spector chama o episódio de “um suicídio acidental”. Os promotores dizem que Spector a matou.

O médico Daniel Stark contou aos jurados que foi chamado no bairro de classe alta Hollywood Hills, em dezembro de 2001, para socorrer a atriz numa festa de Natal. Ela havia caído e quebrado os pulsos. No atendimento, ela teria solicitado altas doses de morfina ao médico. Para a defesa, ela era viciada e alcoólatra a ponto de beber de cair. O promotor Alan Jackson, irritado, disse que esse tipo de abordagem tira o foco do caso.

O juiz Larry Paul Fidler admitiu, a pedido do Ministério Público, o depoimento de um segurança chamado Vincent Tannazzo. Ele sustentou que Spector teria ido numa festa na casa do comediante Joan Rivers, em 1994. Ali, teria admitido que sua “tara” mais profunda era ir armado numa festa e atirar na cabeça de uma mulher.

Em maio, o juiz Larry Paul admitiu a possibilidade de usar na defesa de acusado escritos com “previsões espíritas” deixados pela vítima. Quem pode utilizar a “peça” é o produtor acusado pelo assassinato da atriz Lana Clarkson. Segundo o site Findlaw, ela relatou em seu computador “visões” de uma atriz que se matou com sua arma.

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