Tratamento de risco

Ação contesta tratamento médico para autistas nos EUA

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9 de julho de 2007, 17h35

Os pais de um garoto autista de cinco anos de idade, de Pittsburgh, nos EUA, deram início nesta segunda-feira (9/7) a um processo, sob alegação de erro médico, que vai gerar uma polêmica sem precedentes na área de saúde de todo o mundo: o uso da terapia chamada “chelação” para tratar de autistas. As informações são do site Findlaw.

A “chelação” remove metais pesados do corpo e é aprovada pela agência de saúde dos EUA, a U.S. Food and Drug Administration (FDA), apenas para os casos de envenenamento confirmados por amostra de sangue. Mas alguns médicos crêem que o autismo possa ser causado por conservantes a base de mercúrio, contidos em determinadas vacinas. E fazem uso da “chelação” nesses casos, na tentativa de supostamente eliminar o mercúrio do corpo dos autistas.

Mawra e Rufai Nadama, da cidade de Plymouth, na Inglaterra, ajuizaram a ação por erro médico contra o médico americano Roy Kerry. O filho do casal, Abubakar Tariq Nadama, morreu de ataque cardíaco a 23 de agosto de 2005, após ter sido submetido a uma terapia de chelação nos EUA. O Departamento de Estado dos EUA já emitiu alertas sobre os perigos do uso da chelação em tratamentos de autismo. Uma garota de dois anos de idade morreu em fevereiro de 2005, após ter sido submetida ao tratamento. Nos dois casos, as crianças morreram por queda brutal nos níveis de cálcio, após a chelação.

O valor da ação não foi divulgado. Mas os pais de Abubakar Tariq Nadama também buscam elementos para responsabilizar o governo dos EUA por não ter proibido, de fato e de direito, esse tipo de tratamento.

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