Nomes contra o caos

Gandra ou Uchôa podem ir para o Ministério da Defesa

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6 de julho de 2007, 13h34

O advogado tributarista Ives Gandra Martins, um dos grandes destaques da advocacia, e o desembargador Jorge Uchôa de Mendonça, do Rio de Janeiro, estão entre os nomes mais cotados para assumir o Ministério da Defesa. Segundo apurou a Consultor Jurídico, o presidente Luís Inácio Lula da Silva já conversou com os dois sobre o assunto. A definição do nome deve acontecer em 72 horas.

Em nota publicada em sua coluna, nesta sexta-feira, o jornalista Cláudio Humberto diz que Lula quer substituir Waldir Pires, desgastado pelo apagão aéreo. Entre os nomes cotados, segundo o jornalista, também está o do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), preferido de Lula.

Uchôa de Mendonça, que está aposentado e preside o Instituto dos Magistrados do Brasil, confirma que foi sondado pelo governo federal. E responde: “se eu for o escolhido, aceito”.

Já o advogado Gandra Martins nega qualquer consulta. “Eu não tenho um dos requisitos fundamentais para ser ministro de Estado: a total confiança do presidente Lula.” Para ele, tudo não passa de especulação.

Ives Gandra Martins, que está em férias no interior de São Paulo, conta que não sabe de nada. Não foi consultado. Muito menos acredita que possa haver qualquer troca no Ministério da Defesa. “Desde janeiro fala-se dessa troca. Se Lula não trocou até agora, não vai mais trocar.”

Mesmo sem acreditar numa possível substituição, ele discursa sobre quem deve ter o escolhido para ministro da Defesa. Tem de ser uma pessoa de total confiança do presidente Lula e de fácil ligação das Forças Armadas. “Diálogo com as Forças Armadas, eu tenho. Mas não tenho nenhuma ligação com o governo Lula.”

Ele conta que já respondeu a consultas jurídicas de quase todos os outros governos, nesses seus 72 anos de vida. Para Lula, nunca. Nem para dar parecer, sua especialidade profissional, foi solicitado pelo governo Lula até a agora, diz.

Perguntando se aceitaria um possível convite, ele não diz que sim. Mas também não nega. “É uma pergunta sem consistência. Não sou homem da total confiança de Lula.”

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