Tempestade a prestação

Polícia Federal começa terceira etapa da Operação Hurricane

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4 de julho de 2007, 12h52

A Polícia Federal iniciou a terceira fase da Operação Hurricane, que investiga a venda de sentenças judiciais para favorecer exploradores de jogo ilegal. Nesta quarta-feira (4/7), policiais federais cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão no Rio de Janeiro.

A PF e o Ministério Público ainda não informaram quantos mandados foram expedidos pela 6ª Vara Federal Criminal, mas adiantaram que entre os procurados estão policiais federais. A investigação sobre policiais civis, militares e federais que recebiam mesadas de contraventores é um desdobramento da investigação que desarticulou uma suposta quadriha que explorava o jogo ilegal no Rio. A informação é da Agência Estado.

Na primeira operação, em abril, foram presos como líderes da quadrilha os bicheiros Antônio Petrus Kalil, o Turcão; Aílton Guimarães Jorge, o capitão Guimarães (ex-presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio); e Aniz Abrahão David, o Anísio (presidente de honra da Beija-Flor).

Também foram detidos o juiz do trabalho Ernesto Dória, o procurador regional da República aposentado João Sérgio leal Pereira e os desembargadores federais José Eduardo Carreira Alvim e José Ricardo Regueira. Também teve a prisão pedida, mas não autorizada pela Justiça o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Paulo Medina. Todos são acusados de participar de um esquema de venda de decisões judiciais em benefício de bingos e máquinas caça-níqueis.

Em junho, a segunda fase da operação foi deflagrada para o cumprimento de 37 mandados de prisão, a maioria contra policiais civis e federais, que recebiam mesadas entre R$ 3 mil e R$ 30 mil, também para dar proteção ao jogo ilegal. Na ocasião, a polícia prendeu equivocadamente José Renato Barbosa de Medeiros, de 53 anos, filho do apresentador Abelardo Barbosa, o Chacrinha. Nanato, como é conhecido, foi confundido com um policial envolvido no esquema.

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