Herança genética

Família de israelense morto pode usar seu sêmen em inseminação

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30 de janeiro de 2007, 11h58

A Justiça israelense decidiu que a família de um soldado morto pode usar seu sêmen congelado para inseminar uma mulher que ele jamais conheceu. Segundo o site Findlaw, trata-se de uma decisão sem precedentes.

Keivan Cohen, 20 anos de idade, foi morto em 2003 por um atirador de elite palestino na Faixa de Gaza. Ele era solteiro e não deixou testamento. Mas, a pedido de seus pais, uma amostra de seu esperma foi retirada duas horas antes de sua morte e preservada.

Ao tentar ter acesso às amostras de esperma, a família foi barrada pelo hospital, alegando que apenas “a esposa” poderia requerer o material. A família foi à Justiça com o argumento de que um dos sonhos do finado soldado era criar uma família.

Após uma batalha jurídica de quatro anos, uma corte de Tel Aviv decidiu que o esperma pode usado para inseminar uma mulher escolhida pela família do soldado Cohen. A decisão judicial também determina que o Ministério do Interior registre a criança como filha do soldado morto.

Irit Rosenblum, advogado da família, diz que a decisão é “significativa porque cria um precedente para aquelas que buscam dar curso a sua herança de sangue, mesmo após terem morrido”. Ele afirma que já é tendência soldados israelenses deixarem instruções, em testamentos, indicando a extração de esperma. Nos últimos quatro meses, cerca de 100 soldados fizeram isso.

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