Nome dos pais

Deputado dos EUA quer vetar doação anônima de esperma ou óvulos

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30 de janeiro de 2007, 9h51

O estado da Virgínia, nos Estados Unidos, poderá se tornar o primeiro do país a vetar a doação anônima de esperma ou óvulos. O movimento ganha força na capital, Richmond, e tem como mascote Katrina Clark, uma garota de 18 anos de idade, que nasceu de inseminação artificial.

Desde 2004, ocorreram 15 mil doações de óvulos nos Estados Unidos. Seis mil delas resultaram em nascimentos. Não há dados disponíveis sobre doação de esperma. As informações são do site Findlaw.

O autor do projeto de lei, Robert G. Marshall, é um deputado conservador cristão que luta contra o aborto. A Grã-Bretanha e a Austrália, por exemplo, já baniram essa prática de anonimato. Nos Estados Unidos, Katrina Clark é quem visita paulatinamente deputados estaduais, juízes e advogados, na tentativa de que se crie lei semelhante.

A luta de Katrina começou quando ela viu na TV a história de uma mulher que morreu de ataque cardíaco, de origem genética. A mulher não sabia quem eram os seus pais biológicos. Mas Katrina conseguiu descobrir quem era seu pai. E comprovou em um exame de DNA.

Uma tendência recente é que os bancos de esperma americanos têm dado aos doadores a opção de permitir que suas identidades possam ser reveladas aos filhos, desde que tenham completado 18 anos de idade.

William Jaeger, diretor do banco de doações Fairfax Cyrobank, disse que apenas 29 de seus 265 doadores concordaram em revelar suas identidades.

O especialista em bioética, Robert Brzyski, afirma que revelar a identidade dos doadores irá aumentar o custo de todo o processo. A Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva também se opõe à lei que obrigue a revelar a identidade pelo mesmo motivo.

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