Hora de reforma

MPF pede interdição de pista do aeroporto de Congonhas

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24 de janeiro de 2007, 16h52

O Ministério Público Federal em São Paulo quer a imediata interdição da pista principal do Aeroporto Internacional de Congonhas (SP) e a suspensão de todas as operações de pouso e decolagem até que seja feita a reforma da pista. Para tanto, entrou com Ação Civil Pública na Justiça Federal.

O argumento é o de que há risco para os passageiros, tripulantes e moradores de perto do aeroporto. Motivo: há constantes derrapagens, causadas por um sistema de drenagem ineficiente.

De acordo com o MPF, a primeira etapa da reforma das pistas começaria no início de fevereiro, mas a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) anunciou que as obras só começarão no fim do mês que vem, por pressão das companhias aéreas.

Somente entre março de 2006 e janeiro deste ano, quatro derrapagens foram registradas no maior aeroporto da América Latina. Em uma das derrapagens, um avião da companhia BRA quase atingiu a avenida Washington Luís, que integra o principal eixo de ligação entre as zonas sul e norte de São Paulo.

No pedido de liminar, os procuradores da República Márcio Schusterschitz da Silva Araújo e Fernanda Taubemblatt pedem também que a Justiça determine que os vôos que usariam a pista principal de Congonhas sejam transferidos para os aeroportos internacionais de Viracopos (Campinas) e Cumbica (Guarulhos). O pedido do MPF não prevê a interdição da pista secundária do aeroporto, mas condiciona seu uso até as 23h.

A ação é movida contra a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que deve defender os interesses dos passageiros junto às companhias aéreas e regular o setor, e a Infraero, que administra o aeroporto. Na ação, o MPF pede que as rés divulguem as mudanças que serão causadas nos vôos em suas páginas na internet e disponibilizem um número de telefone para esclarecimentos.

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