Crime em Bragança

Acusados de atear fogo em família serão interrogados na terça

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21 de janeiro de 2007, 23h00

Joabe Severino Ribeiro e Luís Fernando Pereira, acusados de assaltar e atear fogo em quatro pessoas vivas no final de 2006, em Bragança Paulista (SP), serão interrogados na terça-feira (23/1). Os dois serão ouvidos pelo juiz Marco Mattos Sestini, da 2ª Vara Criminal da comarca.

O crime aconteceu no dia 10 de dezembro. De acordo com a polícia, Eliana Faria da Silva e Leandro Donizete de Oliveira foram rendidos em casa e levados à loja de confecções Sinhá Moça, de propriedade do casal. Vinicius, de cinco anos, o filho do casal também foi levado pelos criminosos que pretendiam assaltar a loja.

Já na loja, os assaltantes não conseguiram abrir o cofre. A dupla foi em seguida à casa da Luciana Michele Dorta, que também trabalhava na loja. Ela conseguiu abrir o cofre e cerca de R$ 20 mil foram levados.

Após o roubo, as vítimas foram levadas para uma estrada da cidade e colocadas no carro da família. De acordo com a denúncia, os acusados atearam fogo ao veículo. Eliana e Leandro morreram no dia. O filho do casal resistiu até o dia seguinte e Dorta morreu 11 dias depois do crime.

Joabe e Luís foram presos dias depois do crime. O Ministério Público denunciou os dois pelas quatro mortes. A Justiça recebeu a denúncia que acusa a dupla pelos crimes de três latrocínios (roubos seguidos de morte) e uma tentativa de homicídio, pois, na ocasião, uma das vítimas, Luciana Michele Dorta, ainda estava viva. Ela morreu um dia depois. O MP deverá complementar a denúncia.

Crime

Os dois acusados invadiram a casa de Eliana e Leandro e fizeram ele e a criança reféns. Os três foram levados à loja onde Eliana trabalhava, mas não conseguiram abrir o cofre do estabelecimento. Eliana foi, então, obrigada a ir até a casa da colega, Luciana, que tinha a chave. Cerca de R$ 20 mil foram roubados do local. O dinheiro foi encontrado na casa de um dos suspeitos presos.

Depois do roubo, a dupla colocou os quatro amarrados num o Palio, de propriedade do casal e os levaram à estrada municipal 2. Em seguida colocaram combustível no carro e atearam fogo, antes de fugir.

Luciana conseguiu quebrar um dos vidros e sair do carro. Em seguida, tirou o menino do fogo. Em depoimento, ela contou que deixou o garoto esperando ao lado do veículo e caminhou pela estrada até ser socorrida por um casal.

Quando a PM chegou ao local, o carro ainda estava em chamas. Eliana foi encontrada no banco do passageiro dianteiro, degolada e com as mãos amarradas para trás. Leandro estava no porta-malas, amarrado.

Com queimaduras em grande parte de seus corpos, Vinícius morreu dois dias depois e Luciana morreu quinta-feira (21/12), na Santa Casa de Limeira.

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