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Fundadores da Igreja Renascer saem da prisão nos EUA

17 de janeiro de 2007, 14h46

Por Redação ConJur

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Os fundadores da Igreja Renascer em Cristo, Sônia Haddad Moraes Hernandes e Estevam Hernandes Filho, deixaram o presídio federal nos EUA, na noite de terça-feira (16/1) mas ainda estão sob a custódia da imigração, segundo informou o advogado do casal, Luiz Flávio Borges D’Urso, também presidente da OAB paulista. Os dois foram encaminhados para uma unidade prisional menos rigorosa.

O governo americano informou que o casal Hernandes deixou o presídio federal, em Miami, onde foram presos após problemas com a alfândega. D’Urso disse que a libertação do casal ocorreu mediante o pagamento de fiança, mas afirmou que não tinha informações sobre o valor efetivamente pago. A reportagem é da Folha Online. O casal já havia pago fianças no valor total de US$ 100 mil referentes a outro processo a que respondem nos EUA.

Havia expectativa de que o casal seria liberado ainda nesta semana, após a definição da Justiça norte-americana em estipular para eles o pagamento de uma nova fiança no valor de US$ 100 mil. Segundo o consulado brasileiro em Miami, Estevam e Sônia poderiam responder em liberdade, no entanto, mediante pagamento inicial de US$ 5.000.

Estevam e Sônia foram detidos no último dia 9, após apresentarem uma declaração falsa de porte de dinheiro para a alfândega americana. O casal declarou que carregava US$ 10 mil, mas levava escondido na bagagem US$ 56 mil. A defesa alega que somente houve um equívoco na declaração dos valores à alfândega e que, pela legislação, eles poderiam carregar até US$ 70 mil, já que viajavam em um grupo de sete pessoas (o casal, dois filhos e três netos).

D’Urso não soube informar se havia alguma possibilidade do casal retornar ao Brasil, após liberado pela migração, que não detém o poder de prender, mas apenas de reter temporariamente o casal.

Nos Estados Unidos, eles já têm uma audiência marcada com a Justiça americana para o próximo dia 24. De acordo com o consulado brasileiro, eles devem responder pela declaração falsa à alfândega e por “contrabando de dinheiro” (cash smuggling, pelo termo legal americano).

No Brasil, o Ministério Público, que denunciou o casal por lavagem dedinheiro e evasão de divisas, apresentou um pedido de prisão preventiva do casal, além de um pedido de extradição. A defesa de Estevam e Sônia tenta derrubar na Justiça essas duas solicitações.

Notícia atualizada às 17h15 para acréscimo de informação.