Privacidade sob Bush

Senado americano discute investigação sem ordem judicial

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11 de janeiro de 2007, 12h05

O governo dos Estados Unidos tem usado com cada vez mais freqüência a chamada data mining (mineração de dados) para bisbilhotar a vida bancária das pessoas com a justificativa de combater potenciais ações terroristas. Sem informar nada aos investigados e sem autorizações judiciais. As informações são do site Finldaw.

A discussão sobre como brecar a capacidade do governo de ferir a privacidade ganhou novos contornos com o depoimento da advogada Leslie Harris, diretora-executiva do Centro para a Democracia e Tecnologia, ao Senado norte-americano. A advogada pede que o Comitê Judiciário do Senado atualize o Ato da Privacidade e demais leis, para que se adequem à era digital.

O senador democrata Patrick Leahy, chefe do Comitê Judiciário, já havia declarado mês passado que o Congresso muito pouco sabe sobre como a administração Bush tem empregado a data mining.

Leslie Harris disse que o governo tem acessado dados financeiros sem mandados judiciais. “Um cidadão que erroneamente seja associado ao terrorismo pode ter de encarar ser deportado, perder seu emprego, ser discriminado, ter a reputação arruinada”, disse a advogada. O instrumento mais usado, segundo Leslie, tem sido o Sistema de Alvos Automáticos, empregado pela Agência de Proteção Alfandegária e de Fronteiras.

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