Caso Pedrinho

Juiz manda Vilma Martins de volta à cadeia

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10 de janeiro de 2007, 16h03

O juiz Éder Jorge, da Vara de Execuções Penais de Goiânia, determinou a remoção de Vilma Martins da Costa para a Casa de Prisão Provisória (CPP) até que tome a decisão definitiva sobre sua regressão para regime o fechado ou volta para o semi-aberto. Vilma Martins estava detida no Hospital São Bernardo para tratar da saúde. O caso deve ser julgado na próxima terça-feira (16/1).

Vilma Martins cumpre pena de 15 anos e 9 meses de reclusão em regime semi-aberto pelo seqüestro de Aparecida Fernanda Ribeiro e Pedro Júnior Rosalino (o Pedrinho) quando eles eram bebês. Na avaliação do juiz da Vara de Execuções Penais, a dificuldade de Vilma em se ajustar às regras do regime semi-aberto é nítida. Ela tentou fugir mais de uma vez, com a justificativa de tratamento médico.

Segundo relatório apresentado pela direção da Casa do Albergado, em Goiânia, Vilma deveria ter retornado à instituição em 29 de dezembro do ano passado. Porém, a ex-empresária apresentou declaração do Hospital São Bernardo de que sofria de pressão alta e por isso não voltaria na data estabelecida. Vilma ficou foragida por oito dias. O relatório também sugere que o ocorrido seria mero pretexto para que ela não cumprisse a pena, já que ela saiu da prisão por 12 vezes com o argumento de que precisava cuidar da saúde.

Ocorre que em uma das inspeções dos agentes prisionais, foram encontradas no quarto dela guloseimas como geléia de goiaba, pão de queijo, doce de queijada, bolo de coco, biscoito de chocolate, presunto, açúcar refinado, bolo de chocolate, entre outros. Funcionários do hospital informaram que a ex-empresária não toma os remédios prescritos e os joga no lixo.

“Mesmo que esses alimentos fossem para a acompanhante, também não é aceitável que alguém faça uso dessas tentações alimentícias justamente de frente para pessoa internada que não pode ingeri-las”, considerou o juiz.

Éder Jorge também levou em consideração a hipótese de que pode existir alguma irregularidade na situação de Vilma Martins, que precisa ser analisada com calma. “Foram prestadas várias declarações pelos funcionários do hospital. O que se pode concluir é que ou a reeducanda não precisa tomar os remédios ou evita a convalescença, deixando de obedecer a prescrição médica”, comentou.

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