Maus tratos

Imigrante pode processar condado dos EUA por tortura

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9 de janeiro de 2007, 12h39

O imigrante marroquino Karim Koubriti, 28 anos, pode processar o Condado de Wayne (EUA), de acordo com o juiz Bernard Friedman. Koubriti alega que foi torturado enquanto ficou preso sob a acusação de terrorismo. As informações são do site Findlaw.

O imigrante diz que foi mantido por três anos atrás das grades de uma prisão no Condado de Wayne onde teria ficado isolado 23 horas por dia e sem direito a exercícios físicos.

O juiz Bernard Friedman decidiu rejeitar pedido do condado que pretendia barrar o direito do imigrante de abrir o processo. O juiz não aceitou, contudo, uma das acusações do imigrante, a de que teria sido obrigado a comer carne de porco na cadeia. Para ele, isso teria sido uma forma de tortura já que a sua fé no Islã proíbe a ingestão de carne de porco.

Foram mantidas outras três acusações do preso, inclusive a que diz que ele foi “repetidamente submetido a buscas ilegais, que tentavam humilhá-lo e degradá-lo, como retaliação a seus credos religiosos”.

Koubriti e outros três imigrantes do Oriente Médio foram acusados de montar um grupo terrorista na região de Detroit. Em 2003, Koubriti e Abdel-Ilah Elmardoudi foram acusados de ajudar terroristas e fraudar documentos. Um terceiro homem foi acusado de fraude documental e um quarto, liberado após concluídas as investigações.

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