Acusados por genocídio em Ruanda são julgados em Londres
2 de janeiro de 2007, 6h01
Quatro homens foram levados a uma corte em Londres, nesse final de semana, após terem sido presos sob acusação de participação de um genocídio em Ruanda, em 1994. Segundo o site Findlaw, os quatro foram presos na madrugada de sexta-feira (29/12) sob pedido de prisão expedido pelo governo ruandês.
Segundo a acusação, “todos participaram das mortes de membros da etnia tutsi, na tentativa de cometer um extermínio de todo aquele grupo”. Os quatro foram identificados sob os nomes de Vincent Bajinya, preso a norte de Londres, Charles Munyaneza, preso em Bedford, Celestin Ugirashebuja, detido em Walton on the Naze e Emmanuel Nteziryayo, preso na cidade de Manchester.
O pedido de extradição dos acusados argumenta que entre janeiro e dezembro de 1994 eles mataram tutsis sob conspiração, na tentativa de cometer um massacre de largas proporções. Acredita-se que pelo menos meio milhão de tutsis tenham sido mortos em 1994.
O genocídio em Ruanda começou horas após um avião que carregava o presidente Juvenal Habyarimana ter sido abatido nas proximidades da capital Kigali, em 6 de abril de 1994. Os assassinatos pararam quando o presidente Paul Kagameter conseguiu conter os extremistas hutis, que orquestraram o massacre.
Cerca de 63 mil suspeitos de genocídio estão detidos em Ruanda. A Justiça do país diz que 761 mil aguardam julgamento por participação em massacres. Os suspeitos compreendem 9,2% dos 8,2 milhões de ruandenses, a maior parcela de suspeitos num país, em todo o mundo. Um tribunal das Nações Unidas na Tanzânia vem tentando julgar os líderes dos massacres.
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