Sem efeito

Proibição judicial não impede barulho no carnaval em Tenerife

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21 de fevereiro de 2007, 16h21

O barulho provocado por mais de 200 mil pessoas e dezenas de alto-falantes em todos os volumes demonstraram que foi impossível combinar a festa de Carnaval de Santa Cruz de Tenerife, nas ilhas Canárias, na Espanha, com o direito de descanso de alguns moradores da cidade.

Durante o primeiro final de semana, a Polícia registrou barulhos entre 104 e 130 decibéis às 3 horas da madrugada, segundo o jornal El Pais. O advogado dos moradores disse que entrará com uma nova ação para que não se supere os 55 decibéis após às 10 horas.

No dia 9 de fevereiro, o Tribunal Superior de Justiça das Ilhas Canárias suspendeu os festejos e bailes Tenerife, um dos mais conhecidos do mundo. O juiz atendeu ao pedido de um grupo de moradores da região central da cidade que reclamavam do barulho da festa.

Para que toda a população não fosse prejudicada, dias depois, um acordo entre prefeitura e moradores fechou acordo dizendo que o barulho não poderia passar dos 55 decibéis durante a noite.

Diante do risco de sofrer atos de vandalismo, a maior parte das casas nas ruas centrais de Tenerife tinha um cartaz dizendo que nenhum morador dali tinha respaldado a ação judicial. “Este simples gesto deveria corar a cara das autoridades municipais, pela ameaça social que sofrem por parte de seus vizinhos , que realizam estas ações por autentico medo”, disse o advogado Felipe Campos.

A Organização Mundial da Saúde alerta que a “contaminação acústica”, que causa doenças físicas e mentais, não deve ultrapassar dos 55 decibéis de dia e 45 decibéis de noite. Um em cada cinco espanhóis sofre de problemas por excesso de ruído, segundo Instituto Nacional de Estatística da Espanha.

O carnaval de Santa Cruz de Tenerife acontece entre os dias 16 e 25 de fevereiro. Este ano homenageia o mundo da moda. O carnavalesco Rafael Amargo, uma espécie de mestre de cerimônias da eleição de gala (o evento mais importante do carnaval), causou polêmica ao dizer que não quer mulheres “mais gordas que a conta” no baile.

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