Tiro de aviso

PF cruza os braços por uma hora e ameaça fazer greve

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15 de fevereiro de 2007, 15h53

Cerca de 13 mil filiados da Federação Nacional dos Policiais Federais, a Fenapef, cruzaram os braços por uma hora na manhã desta quinta-feira (15/2), em protesto contra o que chamam de “descaso do governo federal”. Marcos Vinício Wink, presidente da Fenapef, adiantou à revista Consultor Jurídico que se o governo não voltar à mesa de negociações salariais, uma greve geral começará na PF “provavelmente na segunda quinzena de março”.

Wink explica que a mobilização foi decida pelos policiais no último dia 7 de março durante um encontro de sindicatos de policiais federais ocorrido em Brasília.

Os policiais protestam contra o anteprojeto de lei Orgânica da Polícia Federal elaborado pelo Ministério da Justiça. O texto, por exemplo, acaba com as carreiras de papiloscopista e Escrivão da PF e, segundo Wink, “não toca em questões cruciais como é o caso da progressão funcional dentro do órgão”.

Os policiais federais também cobram que o governo “cumpra o compromisso assumido no ano passado quando da negociação da recomposição salarial da categoria. Até o momento apenas uma, das duas parcelas da recomposição acordadas com o governo, foi repassada aos policiais”.

Mesmo com a decretação do estado de greve, os policiais devem seguir as negociações com o governo federal. “O governo nos prometeu dois reajustes salariais de 30%. No primeiro, poucos chegaram a um reajuste de 20%. A maioria teve apenas 5%. Cortaram nossas gratificações. Dois ministros, da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, e do Planejamento, Paulo Bernardo, assinaram documento se comprometendo a voltar às negociações agora e janeiro. Mas sumiram do mapa. Nossa paralisação de hoje foi um aviso. Estamos na iminência de greve”, explica Wink.

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