Oferta hostil da Cosan para comprar Vale do Rosário cai por terra
14 de fevereiro de 2007, 13h20
Os acionistas minoritários da Companhia Açucareira Vale do Rosário vão exercer o direito de preferência na compra de ações da empresa. A Cosan, sua maior concorrente e que fez uma oferta hostil para a compra da companhia, ficou a ver navios. Agora, esses sócios pretendem dar seguimento ao projeto de fusão da Vale do Rosário com a Companhia Energética Santa Elisa. O negócio vai formar a segunda maior produtora mundial de açúcar e álcool.
A compra foi decidida na terça-feira (13/2), em Ribeirão Preto, em reunião que contou com a presença de 80 acionistas da Vale do Rosário. Os minoritários, liderados pelos empresários Cícero Junqueira Franco e Luiz Biagi, têm ainda o objetivo de abertura de capital do grupo e a adesão aos princípios de governança corporativa estabelecidos pelo regulamento do Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo.
A operação conta com a assessoria financeira do Banco ING e Rabo Bank. As duas instituições coordenaram uma proposta de financiamento do Banco Bradesco, que ofereceu as garantias financeiras para o exercício do direito de preferência e aquisição das ações ofertadas pelo grupo de acionistas que havia recebido proposta de venda para a Cosan.
O negócio vai custar R$ 1,6 bilhão aos minoritários. O financiamento do Bradesco poderá chegar a R$ 1,3 bilhão, uma vez que o grupo formado por Cícero Junqueira e Luiz Biagi, representa cerca de 20% do capital da Vale do Rosário.
Além dessas ações, os minoritários garantiram aos outros acionistas da Vale do Rosário o direito de exercer opção de venda de suas ações pelo mesmo preço e condições do exercício da preferência.
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