Acusação formal

Casal da Renascer é indiciado e será julgado nos Estados Unidos

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6 de fevereiro de 2007, 13h37

O casal fundador da Igreja Renascer, Sônia e Estevam Hernandes, foi indiciado na segunda-feira (5/2) pelo júri popular nos Estados Unidos e será julgado por contrabando de dinheiro e falsa declaração. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo. Eles foram presos no dia 8 de janeiro no aeroporto de Miami, quando tentavam entrar nos Estados Unidos com US$ 56,5 mil, tendo declarado apenas US$ 10 mil.

Os dois tiveram de entregar os passaportes ao governo norte-americano e estão atualmente em liberdade supervisionada na região de Miami. Segundo o advogado de defesa nos Estados Unidos, Albert Krieger, o casal se apresentará nesta terça-feira (6/2) no tribunal de Miami para ser citado judicialmente e vai se declarar inocente. “Aí começam os procedimentos até o julgamento. A vida continua”, disse ao Estado Krieger.

A pena prevista para o crime é de até cinco anos. Mas, na prática, os dois podem ficar presos por no máximo 21 meses, segundo explica a advogada Lilly Ann Sanchez, criminalista especializada em imigração do escritório Fowler White Burnett.

Caso consigam comprovar que os US$ 56 mil que levaram aos Estados Unidos têm origem lícita, o casal pode se livrar da prisão. Mesmo neste caso, seriam deportados para o Brasil e perderiam seus green cards. Os Hernandes correm o risco de não poderem mais entrar nos Estados Unidos nem como turistas, caso sejam considerados culpados. O julgamento dos fundadores da Renascer será marcado para um prazo de até 70 dias após a data da audiência. Então, seriam julgados por um júri de 12 pessoas.

Sônia e Estevam Hernandes terão de cumprir a pena de prisão nos Estados Unidos antes de serem extraditados ou deportados para o Brasil, caso sejam condenados no país. Segundo o processo a que o Estado teve acesso, os brasileiros são acusados pelos crimes de contrabando de divisas e não declaração na alfândega.

No Brasil, a prisão do casal Hernandes foi decretada pela 1ª Vara Criminal de São Paulo a pedido do Ministério Público estadual. O casal responde processo por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e estelionato. O caso corre em segredo de Justiça e um pedido de extradição foi entregue pelo Itamaraty à Justiça norte-americana.

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