Morte do coronel

Carla Cepollina nega, em depoimento, ter matado Ubiratan

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5 de fevereiro de 2007, 19h24

A advogada Carla Prinzivalli Cepollina negou, nesta segunda-feira (5/2), que tenha matado o seu namorado, o coronel da reserva Ubiratan Guimarães. Carla depôs no Fórum Criminal da Barra Funda, na capital paulista. A advogada responde por homicídio duplamente qualificado — motivo fútil (ciúme) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

O coronel Ubiratan — comandante da operação que resultou na morte de 111 presos na Casa de Detenção do Carandiru, em outubro de 1992 — foi encontrado morto em seu apartamento, na Zona Oeste da capital paulista, com um único tiro na região do abdômen, em setembro do ano passado.

O depoimento de Carla durou cerca de três horas e foi tomado pelo juiz Alberto Anderson Filho. A defesa foi conduzida pelo advogado Luiz Fernando Pacheco e a acusação, pelo promotor Luiz Fernando Vaggione e pelo assistente Vicente Cascione. As partes (defesa e acusação) entraram num acordo para que o processo deixe de correr em segredo de Justiça.

Carla foi indiciada em setembro do ano passado. Em novembro, o Ministério Público de São Paulo ofereceu a denúncia. De acordo com o MP, Carla sentiu ciúme depois de o namorado ter recebido ligação telefônica de uma mulher e, por isso, o matou.

Carla confirmou que esteve no apartamento do coronel e negou ter dado o tiro. Mas vizinhos afirmaram, em depoimento, que viram a advogada sair do local após o horário em que ele teria sido assassinado. A denúncia aponta ainda que ela entregou à Polícia roupas que, segundo os peritos, seriam diferentes das que usava quando foi filmada pelas câmeras de segurança, ao deixar o prédio.

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