Balanço policial

Polícia Federal deflagrou 188 operações em 2007

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26 de dezembro de 2007, 15h16

A Polícia Federal deflagrou 186 operações em 2007, contra 178 em 2006. O maior número de presos pela Polícia é de servidores públicos. Ao todos foram 310 servidores presos — atores principais de 54 operações voltadas exclusivamente contra desvios do erário.

Estes e outros número, computados até 20 de dezembro, serão divulgados pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, e pelo diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, na tarde desta quarta-feira (26/12).

De acordo com o levantamento, das 54 operações contra servidores, 36 ocorreram para combater crimes de corrupção. O ano de 2006 continua com o recorde de detenção de funcionários públicos, com 385 casos contra 219 em 2005 e 265 nos anos de 2003 e 2004 juntos.

O balanço divulgado nesta quarta mostra que as ações da Polícia Federal resultaram na prisão de 2.876 pessoas em 2007. Isso representa crescimento de 7,5% em relação ao ano passado, quando 2.673 pessoas foram presas. O número de inquéritos instaurados pela PF somou 71,9 mil.

As ações mais elogiadas pelo Ministério da Justiça foram as operações Navalha (contra desvio de recursos públicos), Persona (contra fraudes no comércio exterior), Taturana (contra acusados de crimes na Assembléia Legislativa de Alagoas) e Farrapos (que prendeu o traficante colombiano Juan Carlos Abadia).

“Queremos que a Polícia Federal passe a ser um elemento fundamental para a consolidação da democracia no Brasil”, disse o ministro da Justiça. Já diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, ressaltou que a PF agora quer contratar mais 2 mil policiais em 2009.

Tarso Genro e Corrêa defendem também a aprovação, em 2008, de projeto de lei do governo que tenta regulamentar o uso de escutas telefônicas e ambientais em investigações criminais. O texto fixa prazo máximo de 360 dias ininterruptos para grampos oficiais. Pela proposta, o pedido teria que ser renovado na Justiça a cada 60 dias.

O projeto também extirpa dispositivo da lei atual que prevê a transcrição do conteúdo de escutas gravadas. O novo projeto pretende alargar os poderes de grampo da PF. A Comissão de Segurança da Câmara, por exemplo, não quer grampos de 360 dias, mas apenas de dois meses.

Notícia alterada com acréscimo de informações às 19h30 desta quarta-feira

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