Importação ilegal

Ministério Público denuncia Law Kin Chong por descaminho

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17 de dezembro de 2007, 19h00

O empresário Law Kin Chong foi denunciado mais uma vez pelo Ministério Público Federal. Os procuradores Adriana Scordamaglia e Rodrigo de Grandis o acusam de descaminho, cuja pena é de um a quatro anos de prisão.

No dia 14 de novembro, a prefeitura de São Paulo, Polícia Civil e Polícia Federal fizeram uma blitz no Shopping Pari, de sua propriedade. Law estava no local, onde foram apreendidos produtos importados ilegalmente que estavam expostos à venda.

Law já é réu em processo que tramita na 2ª Vara Federal de São Paulo pelo crime de lavagem de dinheiro oriundo de descaminho. Ele cumpre prisão domiciliar pela condenação por corrupção ativa, no episódio em que, junto com um advogado, tentou subornar o ex-deputado federal Luiz Antonio Medeiros (PL-SP).

Segundo a denúncia, foram apreendidos produtos importados ilegalmente em oito boxes do shopping e numa sala do 4º andar do prédio. Entre os produtos apreendidos estavam 1.834 relógios de pulso, das marcas Puma, Adidas, Casio e Chanel, microfones sem fio, bolsas femininas, 1.990 memory cards do videogame PlayStation 2, bonés, centenas de controles remotos e fones de ouvido, mouses e calculadoras.

Segundo o MPF, Law e seus filhos tentaram mascarar a propriedade do shopping. No papel, o estabelecimento pertence à empresa TR 25, de propriedade de Thomas e Henrique Law, filhos do empresário. O imóvel foi comprado por R$ 4 milhões, emprestados para a TR 25 pela Calinda, empresa de Law Kin Chong.

A TR 25 foi constituída em agosto de 2002 com capital de R$ 20 mil. Em novembro do mesmo ano, a empresa registrava capital de R$ 4 milhões e 20 mil.

Além da denúncia, o MPF pediu que a Polícia Federal instaure um novo inquérito para aprofundar as investigações das acusações de lavagem de dinheiro, “a fim de aferir a origem e a propriedade dos valores que ensejaram a aquisição dos bens declinados pelo ora denunciado por ocasião de seu interrogatório”.

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