Momento de iluminação

Testemunha do caso Phil Spector é acusada de mentir ao júri

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18 de agosto de 2007, 18h50

O julgamento mais famoso do ano nos EUA, do produtor musical Phil Spector, entrou essa semana na sua fase mais polêmica: o juiz do caso acusa um perito, testemunha de defesa do produtor, de ter tido um “momento de iluminação”, levando tal momento ao júri e, assim, ter tentado enganar juiz, promotores e jurados.

O “momento de iluminação”, definido pelo juiz do caso como “momento do ahá!”, refere-se a uma esdrúxula teoria sobre como o sangue de uma atriz morta foi parar no colo de Spector. As informações são do site Findlaw.

Spector, 67 anos, é conhecido por ter remixado o álbum Let It Be dos Beatles. Ele também co-produziu o último disco de John Lennon, Imagine, e a obra All Things Must Pass, de George Harrison. Seu julgamento é tido como o maior e mais polêmico do ano nos Estados Unidos.

A atriz Lana Clarkson morreu aos 40 anos de idade com um tiro no rosto, em 3 de fevereiro de 2003. Ela ficou famosa por ser a estrela de um filme do cineasta Roger Corman, A Rainha Bárbara. Num e-mail distribuído a amigos, Spector chama o episódio de “um suicídio acidental”. Os promotores dizem que Spector a matou numa festa de fim de noite, em sua casa.

O doutor Michael Baden é perito criminal e testemunha de Spector. Disse, na sexta-feira (17/8), que o sangue de Lana, encontrado na camisa do produtor, foi uma “cusparada final”, que ela teria emitido “antes de se meter uma bala na cabeça”.

O que complicou a vida do perito foi ele ter dito em juízo que tal teoria brotou num “momento em que tive um a-há de iluminação”. O magistrado do caso, Larry Paul Fidler, disse que “o tal a-há é uma afronta a todo o corpo de jurados”.

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