Fraude nos Correios

Pedida prisão de empresários acusados de fraude nos Correios

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16 de agosto de 2007, 18h15

O Ministério Público Federal no Distrito Federal pediu, nesta quarta-feira (15/8), a prisão preventiva dos empresários Artur Wascheck Neto e Marco Antônio Bulhões. Eles são acusados de integrar uma quadrilha especializada em fraudar licitações nos Correios. O pedido será analisado pela 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal.

O MPF sustentou que a prisão preventiva dos empresários é imprescindível para evitar a continuidade dos crimes (garantia da ordem pública) e a exposição de testemunhas e colaboradores a ameaças de morte (conveniência da instrução criminal). Além disso, segundo os procuradores, ainda há diligências em curso e a liberdade dos envolvidos pode acarretar destruição de provas.

Wascheck e Bulhões foram presos pela primeira vez no dia 2 de agosto, durante a Operação Selo, da Polícia Federal. Soltos depois de cinco dias, tiveram a prorrogação da prisão temporária decretada na semana passada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que acatou recurso do MPF, e determinou que ambos voltassem à prisão.

O pedido do MPF para decretação da prisão preventiva pretende mantê-los presos durante todo o andamento da persecução penal até a final condenação. A denúncia será oferecida no prazo legalmente previsto para hipótese de indiciado preso.

De acordo com os procuradores, as investigações apresentam fortes indícios de que existe uma organização criminosa atuando de maneira coordenada e contínua para fraudar licitações e contratos nos Correios. O esquema envolveria empresários, lobistas e servidores dos Correios.

Depoimentos colhidos e documentos apreendidos durante as buscas comprovam a materialidade dos fatos e respectiva autoria, vinculando Artur Wascheck e Marco Antônio Bulhões aos crimes de quadrilha, corrupção e peculato, acusa o MPF.

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