Acusado de aplicar o golpe do empréstimo deve ficar preso
2 de agosto de 2007, 0h00
Acusado de aplicar o golpe do empréstimo contra várias empresas brasileiras, Orlando Rodrigues da Cunha Filho deve continuar preso. A decisão é do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Por unanimidade de votos, os desembargadores da 1ª Turma entenderam que a prisão preventiva do réu é necessária para a garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal.
O acusado responde processo na 1ª Vara Criminal de Brasília pelos crimes de estelionato e falsidade ideológica. Segundo o Ministério Público do Distrito Federal, ele é o líder de um grande esquema criminoso que aplica o golpe do empréstimo em empresas com dificuldades financeiras ou necessitando de capital para investir. A quadrilha oferece empréstimos internacionais a juros baixos, conforme o MP.
De acordo com a denúncia, Orlando monta empresas fantasmas de assessoria e oferece o falso serviço de intermediação de financiamentos internacionais com juros baixos. Ele forja documentos e utiliza indevidamente o nome de empresas para exigir das vítimas a contratação de seguro garantia para a liberação do empréstimo. As vítimas depositam o valor do suposto seguro em contas dos integrantes da quadrilha e jamais recebem o financiamento prometido.
Os desembargadores do TJ-DF consideraram o fato de o acusado ter uma extensa folha de antecedentes criminais e não possuir ocupação lícita. Para o MP, que denunciou também outras quatro pessoas do grupo, a ficha criminal de Orlando demonstra que ele é criminoso contumaz e, muito provavelmente, é sustentado pelo produto de seus crimes.
Processo: 2007.00.2.007585-4
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