O bem da imagem

OAB defende afastamento de juízes acusados em operações da PF

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28 de abril de 2007, 0h01

Com a alegação de defesa da imagem do Judiciário, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, afirmou nesta sexta-feira (27/4) que é necessário o afastamento de todos os magistrados suspeitos de corrupção.

Para Britto, as últimas operações da Polícia Federal, sobretudo a Hurricane, deixaram a imagem do Judiciário arranhada. O único meio de minimizar os efeitos e possibilitar a ampla defesa é os envolvidos se licenciarem dos cargos, segundo ele.

“Uma forma de evitar que esse arranhão se transforme em ferida aberta é afastando da atividade judicante aqueles envolvidos nos escândalos, para garantia da imagem do Poder Judiciário e a segurança na própria defesa dos acusados”, afirmou Britto.

As referências do dirigente nacional é quanto aos quatro desembargadores e o ministro do Superior Tribunal de Justiça Paulo Medina, suspeitos de venda de sentenças.

“O Judiciário precisa de credibilidade para se manter enquanto poder, e é também o poder que mais precisa ser reconhecido pelo cidadão”, observou Cezar Britto. “O cidadão precisa ter fé no Judiciário para que não seja estimulado a fazer da justiça um ato privado, para que não voltemos ao tempo da vingança privada”.

Na avaliação de Brito, a imagem do Judiciário só não ficou mais maculada em razão de ter sido o próprio poder a comandar as investigações em curso. “Na amplíssima maioria, o Judiciário é extremamente sério e merece o respeito da sociedade”, destacou.

As declarações de Cezar Britto foram dadas no Congresso Nacional de Jovens Advogados, em Belo Horizonte.

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