Décimo-quinto homem

Anístia quer informação sobre presos de Guantânamo

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27 de abril de 2007, 17h09

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos (Pentágono) anunciou nesta sexta-feira (27/4) que um preso de “alto valor”, chamado Abd al-Hadi al-Iraqi, foi transferido para a Base Naval de Guantánamo, em Cuba. Segundo o Pentágono, ele foi detido pela CIA, a Central de Inteligência dos EUA. A Agência se nega a revelar o local da prisão do suposto terrorista. As informações são da Anistia Internacional.

A maior entidade de direitos humanos do planeta se pergunta, agora, quantos presos não terão sido levados secretamente para a base, bem como quando serão liberados os papéis que justificam tais prisões. A pesquisa da Anistia revela que Abd al-Hadi al-Iraqi teria sido comandante de campo da Al-Qaeda, em 2005, no sudoeste do Afeganistão.

A prisão da base naval de Guantánamo foi criada em 11 de janeiro de 2002. Para lá, foram enviados os prisioneiros capturados pelas forças dos Estados Unidos que invadiram o Afeganistão logo após os atentados contra as torres gêmeas de Nova York, em 11 de setembro de 2001.

Outros suspeitos de terrorismo também foram enviados para a prisão. Desde sua inauguração, já passaram pela ilha 775 prisioneiros, classificados como “inimigos combatentes”, sem acusação, processo ou julgamento. Entre os presos, 17 eram menores de 18 anos. Hoje, há presos de 35 diferentes países, mas nenhum americano.

Hoje há na base 14 presos acusados como sendo “inimigos de combate”. Abd al-Hadi al-Iraqi deve ser catalogado como o décimo quinto homem desse grupo.

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