Hora do julgamento

Detento em Guantánamo será julgado por Corte Militar

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25 de abril de 2007, 14h41

O detento Omar Khadr enfrentará, nos próximos dias, na prisão de Base Naval de Guantánamo, em Cuba, uma Corte militar. O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira (25/4) pela Anistia Internacional, em Londres.

A prisão da base naval de Guantánamo foi criada em 11 de janeiro de 2002. Para lá, foram enviados os prisioneiros capturados pelas forças dos Estados Unidos que invadiram o Afeganistão logo após os atentados contra as torres gêmeas de Nova York, em 11 de setembro de 2001.

Outros suspeitos de terrorismo também foram enviados para a prisão. Desde sua inauguração, já passaram pela ilha 775 prisioneiros, classificados como “inimigos combatentes”, sem acusação, processo ou julgamento. Entre os presos, 17 eram menores de 18 anos. Hoje, há presos de 35 diferentes países, mas nenhum americano.

Omar Khadr é canadense. Ele é acusado de crimes cometidos quando tinha 15 anos de idade, no Afeganistão. Foi levado à custódia dos Estados Unidos em 2002. Segundo a Anistia, ele é mantido preso “sem acusação definida”.

Apenas um preso já enfrentou a Corte militar: o australiano David Hicks. Ele foi acusado de lutar pela Al Qaeda, de Osama bin Laden, no Afeganistão, em 2001. Hicks foi condenado a sete anos de prisão. Mas vai ficar detido apenas nove meses, decidiu um tribunal militar norte-americano. David Hicks, em 1999, juntou-se ao Exército de Libertação do Kosovo onde se converteu ao Islã. Ele foi detido no Afeganistão, no final de 2001, pela Aliança do Norte.

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