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Investigados na Hurricane devem se afastar, diz OAB-RJ

24 de abril de 2007, 16h50

Por Redação ConJur

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O presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, defendeu que os juízes e desembargadores investigados pela Operação Hurricane – soltos por ordem do Supremo Tribunal Federal, peçam afastamento de suas funções pelo tempo que durarem os processos pelos quais respondem. “Seria melhor tanto para o cidadão jurisdicionado, quanto para o Poder Judiciário e até mesmo para os que estão sendo acusados de práticas ilícitas tão graves se manterem afastados nesse momento”, afirmou.

“Obviamente não há qualquer decisão determinando aos magistrados o afastamento nessa fase dos processos, mas o considero relevante até para que se preservem”, afirmou Damous. “Esta é uma situação muito delicada e o magistrado necessita de serenidade e de tranqüilidade para exercer bem as suas funções”, defendeu.

Caso as investigações apontem o suposto envolvimento de novos magistrados nos procedimentos de compra e venda de decisões judiciais, essa pode se configurar, na avaliação de Wadih Damous, como a maior crise do Poder Judiciário brasileiro. “Tudo isso demonstraria que alguns setores do Judiciário estão, de fato, infiltrados pelo crime organizado”, lamentou.

O presidente da sindicância que apura os fatos no Conselho Nacional de Justiça, Vantuil Abdala, também comentou que seria “conveniente” que os acusados já se afastassem das funções. “Independentemente de culpa, é conveniente que estes magistrados se afastem”, disse. O CNJ decide na próxima sessão, se abre ou não processo disciplinar contra os juízes e desembargadores acusados de envolvimento no esquema.

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