Reflexo do furacão

OAB abre sindicância para apurar vazamento de informações

Autor

20 de abril de 2007, 17h50

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, abriu uma sindicância para apurar a possível participação de advogados no vazamento de informações do inquérito da Operação Hurricane. Reginaldo Oscar de Castro, ex-presidente da entidade, recusou o convite para presidir a comissão e ainda se diz contra a decisão de Britto. Castro rejeita a possibilidade de preservação do sigilo das investigações após a prisão dos investigados.

Além disso, Castro afirma que, neste momento, é prematura qualquer providência “que possa constranger os advogados já por demais angustiados no exercício de seu munus, sem que se saiba sequer se a qualquer deles pode ser atribuída responsabilidade e muito menos se efetivamente houve vazamento”.

Para o seu lugar, foram escolhidos os conselheiros Luiz Filipe Ribeiro Coelho e Amauri Serralvo.

A abertura da comissão se deu por conta das especulações de que advogados tiveram participação no vazamento de informações. Conversas gravadas foram divulgadas pela imprensa na quarta-feira (19/4).

Inicialmente, nem os advogados tinham acesso aos autos. Depois de ação encaminhada pela Comissão de Prerrogativas da OAB, o ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal, permitiu que os advogados dos investigados consultassem o processo. Na mesma decisão, ele determinou que a Polícia Federal autorize o contato direto e privado entre advogado e preso.

Antes da abertura da sindicância, Reginaldo Oscar de Castro foi até a sede da PF em Brasília e constatou que o contato privado com os presos ainda não estava sendo respeitado pelos policiais.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!