Assassinato moral

Fotógrafo mexicano continua preso apesar de falso testemunho

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19 de abril de 2007, 0h01

Em dezembro de 2003, um rapaz de 22 anos testemunhou contra o famoso fotojornalista Sergio Dorantes. Com o depoimento, ele foi condenado pelo assassinato de sua esposa, em um crime que ocorreu em julho do mesmo ano.

No entanto, na semana passada, depois de um ano de investigação, a Comissão dos Direitos Humanos da Cidade do México provou que Luis Eduardo Sánchez Martínez “fabricou um prova para prejudicar o senhor Sergio Alfonso Dorantes Zurita”. A informação é do El País.

A testemunha disse ter visto Dorantes sair correndo do local do crime. Esta era a única prova contundente contra ele. Pelo serviço, o rapaz recebeu 1 mil pesos mexicanos (R$ 185).

Dorantes, de 60 anos, nasceu em uma pobre família indígena. Até ser preso, era um dos mais expressivos fotógrafos mexicanos com trabalhos publicados em veículos de diversos países como Newsweek, Time, The New York Times, The Sunday Times, Paris Match e El País. Quando foi acusado do assassinato de sua esposa, de quem tinha se separado um ano antes, Dorantes enviou milhares de cartas alegando a sua inocência.

Há três anos, a Procuradoria da Cidade do México decretou a sua prisão. Ele foi capturado pela polícia americana e está preso em uma cadeia de segurança máxima em San Francisco (Califórnia). Espera que agora seja extraditado para o seu país.

Com a nova informação da Comissão dos Direitos Humanos, ele tem a esperança de que o mistério que ronda a morte de sua esposa seja esclarecido e que as acusações contra ele sejam abandonadas. Disse confiar no novo presidente mexicano, Felipe Calderón, que prometeu nas eleições melhorar o sistema judicial do país.

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