Juíza esfaqueada

OAB lamenta ataque sofrido por juíza brasileira no Timor Leste

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9 de abril de 2007, 12h02

O presidente do Conselho federal da OAB, Cezar Britto, lamentou o ataque sofrido pela juíza de Rondônia, Sandra Silvestre, de 37 anos, esfaqueada nas mãos e nos dois braços durante tentativa de assalto em Dili, no Timor Leste.

“O Brasil tem ajudado o Timor Leste no processo de redemocratização e é lamentável que um fato triste como esse tenha acontecido com uma representante da magistratura que está naquele país apenas com o objetivo de ajudar”, afirmou Britto.

A juíza Sandra Silvestre está no Timor a convite do governo brasileiro para atuar como observadora internacional das eleições. Ela levou 50 pontos nos braços e nas mãos e passa bem. As eleições no Timor serão realizadas nesta segunda-feira (9/4).

Sandra Silvestre está a dez anos na magistratura do estado de Rondônia. Ela pertence à Comarca de Ouro Preto do Oeste. Paralelamente às atividades como juíza, lecionou no período de 1995 a 1997 no curso de Direito da Universidade Federal de Rondônia. Também ensinou na Escola do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil e na Escola da Magistratura Estadual em Porto Velho.

Em setembro de 2004, Sandra Silvestre foi convidada pela ONU para integrar missão de paz que terminou em maio deste ano. Imediatamente recebeu novo convite, desta vez das Nações Unidas, para permanecer no país participando de uma nova missão: a Unotil, que visa a reconstrução das instituições timorenses sem a presença das forças de paz.

Desde que o Timor Leste se tornou independente, em 2000, outros dois magistrados brasileiros já integraram missões oficiais da ONU, tomando parte nos chamados painéis (tribunais) de crimes contra os direitos humanos, que julgam os abusos cometidos pelo exército da Indonésia em 1997 e 1999.

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