Escuta no TSE

PF vai indiciar responsável por acusação de grampo no TSE

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28 de setembro de 2006, 19h35

Os peritos da Polícia Federal Paulo Max Gil Reis e Getúlio Menezes Bento confirmaram que não há vestígios de grampo nem de retirada de grampo nas linhas telefônicas que servem o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal. A confirmação foi feita em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (28/9), na sede da corporação em Brasília.

Na oportunidade, os peritos anunciaram também que vão indiciar Ênio Gomes Fontenelle, dono da empresa Fence Consultoria Empresarial, responsável pelo sistema de varredura das linhas do tribunal. Fontenelle foi quem anunciou que estavam grampeados os telefones dos ministros Marco Aurélio e Cezar Peluso, em seus gabinetes do STF, e Marcelo Ribeiro, na linha de fax de seu gabinete no TSE.

A PF acusa Fontenelle de falsidade ideológica e falsa comunicação de crime. Se condenado pelo primeiro crime o empresário está sujeito a pena de 1 a 3 anos de prisão mais multa e pelo segundo de 1 a 6 meses de prisão.

Os peritos disseram que fizeram a vistoria dos cabos telefônicos que ligam o TSE e o STF à central telefônica da Brasil Telecom e não encontraram nenhum vestígio de violação de sua estrutura. Trata-se de um cabo pressurizado contendo 1.800 pares de linhas que corre dentro de um tubo de PVC. A colocação de grampos na linha, bem como a retirada dos mesmos, segundo os peritos, só seriam possíveis com a violação do cabo.

Os peritos afirmaram ainda que a Brasil Telecom, operadora dos telefones de Brasília, tem um dispositivo de alarme que avisa quando um cabo é violado, e que isso não aconteceu em relação aos cabos dos tribunais.

Eles acusam a empresa, que tem 30 anos de experiência em sua especialidade, de erro grosseiro.

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