Prerrogativa da profissão

Advogada de Marcola vai para prisão especial ou para casa

Autor

25 de setembro de 2006, 17h51

A advogada Maria Cristina Rachado deve ser transferida para uma prisão especial, ou deve ficar em prisão domiciliar. A decisão é da 3ª Vara Criminal de São Paulo. Maria Cristina está presa na Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto (interior paulista).

No pedido feito à primeira instância, o advogado de Maria Cristina, Mário de Oliveira Filho, citou entendimento recorrente no Supremo Tribunal Federal. Os ministros têm entendido que a prerrogativa do advogado de ficar retido apenas em sala de Estado Maior deve ser sempre respeitada. Se não houver lugar adequado, o advogado tem de ficar preso na sua casa.

Maria Cristina é advogada de Marcos Willian Herbas Camacho, o Marcola, apontado como um dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital. Ele foi presa em 20 de julho em uma operação da Polícia de São Paulo, após uma série de interceptações telefônicas que apontaram seu envolvimento em ações do crime organizado.

A advogada também é acusada de pagar propina a um funcionário terceirizado da Câmara dos Deputados para obter cópias dos depoimentos sigilosos que dois delegados do Deic prestaram à CPI do Tráfico de Armas. Para a comissão, os CDs com a transcrição dos depoimentos teriam sido adquiridos a mando de integrantes presos do PCC.

No início de agosto, ele pediu liberdade o Dipo — Departamento de Inquérito Policiais e Polícia Judiciária do Tribunal de Justiça de São Paulo, mas não conseguiu.

Autores

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!