Lixo em Ribeirão Preto

Delegado pede prisão de Palocci no caso do lixo em Ribeirão

Autor

19 de setembro de 2006, 18h16

O delegado seccional de Ribeirão Preto (SP), Benedito Antônio Valencise, divulgou o relatório final do inquérito do lixo, nesta terça-feira (19/9). No documento, ele pede à Justiça as prisões preventivas de dez pessoas. O primeiro nome citado é o do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci Filho (PT). As informações são da Agência Estado.

Mesmo que a Justiça determine a prisão de Palocci, ele não pode ser preso até 48 horas depois das eleições de 1º de outubro, de acordo com a Lei das Eleições — com exceção de flagrante ou condenação transitada em julgado.

O delegado Valencise afirma que as provas de fraudes no contrato do lixo e de varrição pública são incontestáveis, e para garantir a ordem pública e pela repercussão negativa do caso, pediu as prisões. O relatório será encaminhado na quarta-feira (20/9) para o juiz da 1ª Vara Criminal local, Guaracy Sibille Leite.

De acordo com Valencise, Palocci coordenou um esquema de fraude entre 2001 e 2004, que teria desviado R$ 30,7 milhões dos cofres públicos, segundo apurou a investigação. O delegado não quis comentar o argumento do advogado de Palocci, José Roberto Batochio, que, pouco antes, encaminhou uma petição ao juiz Leite para solicitar a decretação de segredo de Justiça sobre o inquérito até a data da eleição, já que seu cliente é candidato a deputado federal.

“De acordo com o artigo 36 do Código Eleitoral candidato não pode ser preso desde sabado (16/9). Ou esse delegado ignora a lei, ou simplesmente busca os holofotes da televisão. Ou desconhece as leis, ou as conhece e prefere a ribalta a imprensa”, disse Batochio à Consultor Jurídico.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!