Nuances da investigação

MP é a favor de quebra de sigilo telefônico de coronel e namorada

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14 de setembro de 2006, 18h43

O promotor Luiz Fernando Vaggione opinou, nesta quinta-feira (14/9), favoravelmente ao pedido de quebra de sigilo telefônico do coronel Ubiratan Guimarães, de sua namorada, a advogada Carla Cepollina, e de outras seis pessoas. Ele também solicitou que o inquérito corra em segredo de justiça.

Vaggione levará o parecer do Ministério Público ao juiz Richard Chequini, do 1º Tribunal do Júri, que decidirá sobre as duas questões.

O promotor espera que o juiz dê sua decisão ainda nesta quinta, já que as informações podem contribuir nas investigações sobre a morte do coronel. A informação é do portal Terra.

O coronel da Polícia Militar Ubiratan Guimarães, que comandou o Massacre do Carandiru e era deputado estadual pelo PTB, foi encontrado morto, com um tiro no abdômen, em seu apartamento, no bairro dos Jardins, em São Paulo no domingo (11/9).

Segundo o MP, tudo faz crer que uma pessoa próxima o matou por que não havia sinais de arrombamento no apartamento nem vestígios de luta.

Ubiratan foi levado a júri popular em 2001 pelo Massacre do Carandiru e condenado a 632 anos de prisão pela morte de 102 dos 111 presos. Em fevereiro deste ano, a sentença da juíza Maria Cristina Cotrofe foi revertida. O Tribunal de Justiça de São Paulo absolveu Ubiratan Guimarães, por 20 votos a dois.

A maioria dos desembargadores acatou argumentos apresentados pela Defensoria e inocentou o coronel. A absolvição causou reações de indignação de entidades de direitos humanos no Brasil e no exterior, como a Anistia Internacional.

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