Pressão feminina

Lei americana obriga vacinação contra câncer cervical

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13 de setembro de 2006, 9h50

Garotas que entram no sexto grau da escola, no estado do Michigan, nos Estados Unidos, terão de ser vacinadas obrigatoriamente contra o câncer cervical. A legislação sobre o assunto foi aprovada, na terça-feira (12/9), sob pressão de um grupo de legisladoras femininas.

É a primeira vez que uma legislação desse tipo é aprovada na história dos Estados Unidos, disse a senadora republicana Beverly Hammerstrom, autora da idéia. Não há precedentes desse tipo de lei no mundo, disse ela. As informações são do site Findlaw.

A vacina fora aprovada pela Food and Drug Administration, agência reguladora de saúde nos Estados Unidos, em junho passado. A vacina previne infecções geradas pelo vírus sexualmente transmissível conhecido como “papilloma”, que pode causar lesões genitais e câncer cervical.

Um conselho auditor do governo já alertara que a vacina deveria ser preferencialmente ministrada antes que as garotas se tornassem sexualmente ativas.

A Sociedade Americana do Câncer estima que um grupo de 9,7 mil mulheres nos Estados Unidos terá, em 2006, diagnósticos positivos para câncer e que 3,7 mil morrerão. “Acreditamos que podemos salvar vidas dessas garotas”, avaliou a senadora Beverly Hammerstrom.

Conservadores crêem que a obrigatoriedade da vacina, em escolas, pode soar como um sinal verde para que o sexo prematuro seja praticado.

A vacina é dada em três doses e custa US$ 360. Estima-se que a soma será coberta pelo programa governamental de vacinação de crianças.

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