Neo-sindicalismo

Sindicato defende fim da contribuição sindical obrigatória

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30 de outubro de 2006, 13h36

O presidente do Sindicado da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), Joseph Couri, afirmou que vai propor ao presidente reeleito, Luiz Inácio Lula da Silva, a elaboração de um projeto de lei de reforma sindical que estimule a representatividade das instituições e o contrato coletivo de trabalho, com o fim da contribuição sindical obrigatória.

“Queremos uma reforma que acabe com os sindicatos de gaveta, que não representam nada nem a ninguém, servindo apenas de massa de manobra para interesses espúrios”, afirmou Couri. Ele disse que a reeleição de Lula deve propiciar um sindicalismo novo, “afastando-se do modelo fascista da Carta del Lavoro no qual se baseiam até hoje muitos sindicatos brasileiros”.

O Simpi representa cerca de 200 mil micro e pequenas indústrias paulistas, com menos de cinqüenta empregados cada, e recebeu o registro sindical do Ministério do Trabalho em janeiro do ano passado. Joseph Couri sustenta que a entidade é exemplo de que os sindicatos podem sobreviver sem contribuições obrigatórias, o que ocorre desde sua fundação. Para ele, a contribuição sindical leva à acomodação e à falta de representatividade efetiva.

Couri avalia que o novo mandato de Lula terá de caminhar em direção das diversas reformas necessárias ao país, como a sindical, a tributária e política. “Temos que passar por uma série de reformas, inclusive uma ampla reforma política; mas se o econômico não anda, o restante anda muito menos.”

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