Debaixo do pano

Houve caixa 2 na campanha de 2002, diz Marco Aurélio

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27 de outubro de 2006, 18h39

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Marco Aurélio, acredita que na campanha das eleições passadas houve a prática de caixa dois. A reflexão do ministro foi provocada em entrevista coletiva concedida a jornalistas no TSE na tarde desta sexta-feira (27/10).

O ministro se disse perplexo com os gastos deste ano em relação a 2002. Neste ano estão previstos para Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin gastos que ultrapassam R$ 200 milhões. Em 2002, os gastos somados das campanhas de Lula e José Serra, os dois candidatos que foram ao segundo turno, ficaram em torno de R$ 100 milhões.

De acordo com Marco Aurélio, apesar de a minirreforma ter proibido a utilização de outdoor, showmícios e distribuição de brindes, os valores declarados dobraram pelo simples motivo de que na eleição anterior houve caixa 2. “Podemos concluir e não podemos ser ingênuos. Em 2002 houve recursos não contabilizados”, afirmou. Para o ministro neste ano é diferente. “Neste ano mazelas não são mais escamoteadas”, disse.

No final da coletiva com os jornalistas no TSE o presidente deixou registrado um recado aos eleitores: “O momento vivido é de decisão, crucial quanto a dias mais felizes. É preciso que o eleitor compreenda que o ato de votar trará repercussão para sua vida e de sua família, na educação, na saúde, nos transportes, na alimentação. Este é um o momento de conscientização de escolher bem o seu representante. Não há espaço para arrependimento”.

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