Tribunal imparcial

Advogado de Lula defende TSE e desmente José Dirceu

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19 de outubro de 2006, 19h48

O Tribunal Superior Eleitoral é um exemplo de imparcialidade. A afirmação foi feita na noite desta quinta-feira (19/10) pelo advogado José Antonio Toffoli, que representa a coligação de Lula. Ao ocupar a tribuna para fazer uma sustentação oral, Toffoli citou a notícia publicada pela Consultor Jurídico e disse o contrário do que José Dirceu afirmara na véspera em seu blog.

“Eu registro aqui, como representante da coligação A Força do Povo, que não considero o TSE um tribunal parcial. Pelo contrário, é um exemplo de imparcialidade”, afirmou Toffoli, que levou a melhor em apenas um terço das disputas judiciais contra seus adversários tucanos no primeiro turno das eleições. José Antonio Toffoli também foi subchefe da Casa Civil para assuntos jurídicos durante a gestão de José Dirceu.

Na quarta-feira(18/10), a ConJur reproduziu (Clique aqui para ler o texto) afirmações de Dirceu em seu blog segundo as quais Lula não está enfrentando apenas Geraldo Alckmin na corrida eleitoral. Junto a ele, na oposição, estão setores do Judiciário, do Tribunal Superior Eleitoral, do TCU e a imprensa. “Vamos manter a guarda alta, a vigilância, mobilizar a militância, ir para as ruas, aprofundar o debate programático e vencer as eleições dia 29”, convocou Dirceu.

De acordo com o ex-ministro, “nunca um presidente e um partido enfrentaram uma frente tão ampla de oposição, que inclui não apenas PSDB, PFL e PPS, mas, infelizmente, setores do Judiciário, do TSE e do TCU, os novos burocratas da mídia, que tomaram de assalto — por decisão, anuência, concordância ou omissão dos seus proprietários — as redações dos jornais, as rádios e as TVs, e, por fim, as eternas elites privilegiadas do nosso Brasil, sejam da oligarquia política que ACM tão bem representa, sejam do mundo agrário, seja a partidária, que o PFL, agora acompanhado de Roberto Freire, espelha tão bem, seja a nova direita que FHC e os tucanos encarnam nesses dias que vivemos”.

Ao comentar o episódio, o ministro Marco Aurélio, presidente do TSE, afirmou que “a conclamação para o povo sair às ruas é extravagante e despropositada”. E considerou “inadmissível que se coloque em dúvida a eqüidistância de uma instituição como o Tribunal Superior Eleitoral, considerado o trabalho que ele vem desenvolvendo”. Nesta quinta, o advogado de Lula chancelou a reação.

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