Crime passional

Polícia conclui inquérito da morte de Ubiratan e culpa namorada

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13 de outubro de 2006, 15h56

A Polícia Civil de São Paulo concluiu nesta sexta-feira (13/10) o inquérito sobre a morte do deputado estadual e coronel da Polícia Militar Ubiratan Guimarães, assassinado com um tiro no abdômen, no dia 9 de setembro. Para os policiais do DHPP — Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, a namorada da vítima, Carla Cepollina, é a única responsável pelo crime.

Ela foi indiciada no dia 27 do mês passado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil (ciúme) sem possibilidade de defesa da vítima. Na ocasião, apesar do indiciamento, a Polícia e o Ministério Público disseram que Carla colaborou com as investigações, por isso não pediram sua prisão preventiva. As informações são da Folha Online.

Com a conclusão do inquérito, o Ministério Público deve apresentar denúncia contra a advogada nos próximos 15 dias. Carla nega envolvimento no assassinato.

Um dos pontos que pesa contra Carla é o fato de ela ter entregue à Polícia roupas diferentes das que usou no dia do crime, conforme apontou laudo do IC — Instituto de Criminalística. A perícia se baseou nas imagens captadas pelo circuito interno de câmeras do prédio onde mora, que mostra Carla vestindo roupas claras. Policiais do DHPP afirmaram que a advogada entregou uma blusa escura.

A blusa supostamente usada no dia do crime foi pega pela Polícia em uma das buscas à casa de Carla, dentro de um balde com água. Ainda segundo laudo do IC, outra muda de roupa, uma calça de veludo verde escuro que Carla vestia no dia do crime, tem manchas de sangue. No início do mês, ao ser questionado sobre o resultado do laudo, o advogado de Carla, Antônio Carlos de Carvalho Pinto, disse que iria questionar os métodos empregados pela perícia.

O crime

Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi baleado em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo). O corpo foi encontrado enrolado em uma toalha. Segundo a Polícia, o coronel foi morto com um tiro de uma de suas armas — um revólver calibre 38 que não foi encontrado no local do crime.

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