Ação do dólar

Fenapef apóia delegado que divulgou fotos do dinheiro do PT

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9 de outubro de 2006, 16h19

A Fenapef — Federação Nacional dos Policiais Federais anunciou, nesta segunda-feira (9/10), que vai entrar com representação junto ao Ministério Público para saber quem proibiu a divulgação das fotos do dinheiro que seria usado por petistas para comprar o dossiê que envolveria políticos tucanos com a Máfia dos Sanguessugas.

Francisco Carlos Garisto, presidente da federação, também divulgou nesta segunda resultado de enquete feita entre policiais federais sobre o comportamento do delegado Edmilson Bruno (responsável pela divulgação das fotos), que seguiu padrão das mais de 200 operações feitas pela corporação. Um grupo de 87% dos policiais e delegados federais (1.147 votos) defendeu o delegado e apenas 13% (164 votos) condenou a divulgação das fotos.

“O interessante é saber quem ordenou a não-divulgação. Esse delegado resgatou a dignidade do policial federal: em todas as operações da PF, o dinheiro apareceu. Pergunto-me porque esse dinheiro seria especial, afinal de contas ele tem estampada a efígie da República, não a estrelinha do PT. Apareceu o dinheiro de todas as operações da PF, menos dessa. O dinheiro e sua foto não constituem segredo de Justiça, são objeto de corpo de delito”, avalia Garisto.

O Banco Central já emitiu nota oficial, em que comunica ter repassado à Polícia Federal os nomes de todas as pessoas físicas e empresas que compraram dólares ao Banco Sofisa entre os dias 17 de agosto e 14 de setembro, véspera da prisão dos petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos no Hotel Íbis, em São Paulo.

Os dois carregavam R$ 1,1 milhão e US$ 248,8 mil em espécie (R$ 1,7 milhão no total) e usariam o dinheiro para comprar documentos do chefe do esquema de compra superfaturada de ambulâncias, Luiz Antônio Vedoin.

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