Comunidade de luto

Morreu a subprocuradora-geral Armanda Soares Figueiredo

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6 de outubro de 2006, 12h20

As comunidades indígenas e populações minoritárias perderam uma grande defensora. Morreu na última quarta-feira (4/10), em Recife, a subprocuradora-geral da República, Armanda Soares Figueiredo. Natural de João Pessoa (PB), Armanda tinha 63 anos. Era casada com o juiz do Trabalho da 6ª Região Josias Figueiredo e tinha quatro filhas. Ela sofria de câncer.

Integrante da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, que se ocupava de temas relativos aos povos indígenas e minorias étnicas, Armanda abraçou com dedicação à causa. Sem o alarde de tantos, tinha seu gabinete aberto aos indígenas, freqüentava as aldeias e vivia, na prática, as dificuldades das populações indígenas. Tratava-se de uma pessoa muito especial . Tocava violão e cantava. Tinha planejado lançar um CD em agosto, projeto que foi cancelado por causa da doença.

Armanda formou-se pela Faculdade de Direito de Olinda (PE) em 1978. Em 1983 ingressou no Ministério Público Federal. Dez anos mais tarde foi promovida a procuradora regional da República e em 2001 a subprocuradora-geral. Desde então atuava perante a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na área de Direito Privado. Nesta mesma oportunidade passou a integrar a 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal.

A 6ª Câmara é um órgão setorial de coordenação, de integração e de revisão do exercício funcional dos Procuradores da República, nos temas relativos aos povos indígenas e outras minorias étnicas. Dentre essas minorias têm tido atenção os quilombolas, as comunidades extrativistas, as comunidades ribeirinhas e os ciganos Todos esses grupos têm em comum um modo de vida tradicional distinto da sociedade nacional em geral.

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