Poluentes do ambiente

Corte dos EUA julga se governo deve controlar emissão de gases

Autor

30 de novembro de 2006, 12h15

Já começaram na Suprema Corte dos Estados Unidos as polêmicas audiências sobre o superaquecimento do planeta. Nesta quarta-feira (29/11), a administração do presidente George W. Bush iniciou sua defesa com um sonoro não a pedidos para que o governo regule formalmente a emissão de dióxido de carbono. É o primeiro caso a envolver a defesa ao meio ambiente que bate na Suprema Corte norte-americana. As informações são do site Findlaw.

A Agência de Proteção ao Meio Ambiente dos Estados Unidos faculta o poder de regular as emissões de dióxido de carbono à Lei do Ato do Ar Puro, disse a administração Bush. Mesmo que dispusesse de poder para esse controle, a agência ainda assim não faria uso dele, alerta a administração Bush.

As mudanças climáticas no planeta constituem “um fenômeno controvertido que está muito longe de ser definido ou compreendido”, escreveram em seu dossiê, entregue à Suprema Corte, as associações de classe de fabricantes de carros e caminhões.

Um grupo de 12 estados dos Estados Unidos, a maioria da costa do Pacífico e do Atlântico, assim como três cidades, um território e 13 grupos de preservação da natureza argumentaram que a Agência de Proteção ao Meio Ambiente “ignora a linguagem muito clara contida no Ato do Ar Puro”. Por essa lei, de 1970, dióxido de carbono é um poluente do ar que ameaça a saúde pública e, portanto, deve ser controlado pela Agência de Proteção ao Meio Ambiente.

“Há razões de sobra para que isso seja encarado agora”, disse o procurador-geral de Justiça de Massachusetts, Thomas Reilly, que fala em defesa dos ambientalistas e dos estados. As indústrias dos EUA e veículos são responsáveis por 15% da emissão de gases que geram o efeito estuda, disse David Doniger, do Conselho Nacional de Defesa das Reservas.

A associação de empresas produtoras de utilidades domésticas, o Utility Air Regulatory Group, obviamente se opõe à ao controle da emissão de gases. Mas, curiosamente, duas indústrias, Calpine Corp e Entergy Corp., defendem o controle.

Autores

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!