Sigilo quebrado

Suprema Corte dos EUA quebra sigilo telefônico de jornalistas

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29 de novembro de 2006, 15h24

A Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou o governo a ter acesso a ligações telefônicas de dois repórteres do jornal The New York Times para descobrir quem vazou informações de uma investigação sobre financiamento terrorista. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (28/11).

O promotor Patrick Fitzgerald quer descobrir a identidade das fontes governamentais que podem ter vazado dados aos jornalistas Judith Miller e Philip Shenon. A informação é do site Comunique-se.

Fitzgerald quer saber como os jornalistas se inteiraram dos planos do governo de investigar as instalações de duas organizações beneficentes islâmicas três meses depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. A operação incluía também o congelamento dos ativos das associações Holy Land Foundation e Global Reliefh Foundation.

O promotor já esteve envolvido em outro caso relacionado com a primeira emenda da Constituição, que garante o direito à liberdade de informação, e que também afetava Miller e o The New York Times.

Judith Miller passou 85 dias na prisão em 2005 por se recusar a testemunhar em uma investigação dirigida por Fitzgerald sobre o vazamento à imprensa do nome da ex-espiã da CIA, Valerie Plame. A jornalista deixou o Times há a cerca de um ano.

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