Promotores em luto

Associações lamentam morte de promotor no Pará e pedem justiça

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25 de novembro de 2006, 16h51

Em nota oficial, a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, a Associação do Ministério Público do Pará e a Associação Nacional dos Procuradores da República lamentam a morte do Promotor de Justiça Fabrício Ramos Couto e pedem que as autoridades competentes sejam rigorosas na apuração do crime para a punição dos culpados.

O promotor foi assassinado, na última quarta-feira (22/11), pelo advogado João Bosco Pereira Guimarães. O crime aconteceu no gabinete do promotor, no município de Marapanim, no Pará. O advogado alega que o matou porque vinha sofrendo perseguições em todos os processos que atuava.

Leia as notas

NOTA DE PESAR E REPÚDIO

A Associação Nacional dos Membros do Ministério Público – CONAMP, entidade de classe que congrega todos os integrantes da carreira no Brasil, vem a público manifestar seu profundo pesar e veemente repúdio ao brutal e covarde assassinato do Promotor de Justiça FABRÍCIO RAMOS COUTO.

A CONAMP vem sob o manto da consternação e irresignação exigir das autoridades competentes a rigorosa apuração das circunstâncias do crime para devida punição dos culpados, a fim de que seja feita justiça, combatendo-se a um só tempo, a mancha que a impunidade impõe às instituições quando não combatida a barbárie, reafirmando o compromisso do apoio e do irrestrito acompanhamento das investigações e final condenação.

Aos integrantes do Ministério Público do Pará, a Diretoria da Associação do Ministério Público do Pará – AMPEP e aos familiares, os mais sinceros pêsames pela perda de um companheiro exemplar.

Brasília, 24 de novembro de 2006.

DIRETORIA / CONAMP

NOTA DE REPÚDIO

A Associação do Ministério Público do Estado do Pará (AMPEP) vem de público manifestar seu mais veemente repúdio e indignação contra o ato covarde, abjeto e ignóbil perpetrado pelo elemento João Bosco Guimarães, que ceifou a vida do estudioso e diligente Promotor de Justiça, Dr. Fabrício Ramos Couto, fato esse praticado quando o mesmo se encontrava em seu gabinete de trabalho, na comarca de Marapanim-PA, onde há 10 anos exercia as suas funções.

Como defensores da ordem jurídica e do regime democrático, princípios que sempre nortearam a atuação dos membros do Ministério Público, jamais poderíamos nos quedar inertes, diante de um ato tão aviltante, quando o maior bem protegido pelo Direito, que é a vida, foi concretamente lesado.

A Diretoria.

Nota à Imprensa

A ANPR — Associação Nacional dos Procuradores da República consternada com o brutal assassinato do Promotor de Justiça Fabrício Ramos Couto, ocorrido no município paraense de Marapanim, vem tornar pública a sua indignação com o fato, ao mesmo tempo em que manifesta sua solidariedade com a família da vítima, bem como os membros do Ministério Público do Estado do Pará.

Repudia a ANPR o fato de episódios como este, que retiram a vida de um membro do Ministério Público em decorrência do exercício de sua função, ainda ocorrerem em tempos atuais.

Por fim, a ANPR reitera sua expectativa de que as autoridades do Estado do Pará atuem de forma eficaz e rigorosa no caso, promovendo-se a plena responsabilidade do autor de tão bárbaro crime.

Brasília, 24 de novembro de 2006.

Nicolao Dino de Castro e Costa Neto

Presidente da ANPR

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