Punição ampliada

Pena de acusado de matar Tainá, de 5 anos, é aumentada

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17 de novembro de 2006, 9h15

A Justiça paulista decidiu aumentar a pena imposta a Rodrigo Henrique Farrampa Guilherme, acusado da morte de Tainá Alves Mendonça, de 5 anos, e de outras duas tentativas de homicídio. Os crimes aconteceram em agosto de 2002, após uma discussão de trânsito.

A decisão foi tomada pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo que, por votação unânime, acolheu pedido do Ministério Público de São Paulo e condenou Rodrigo Henrique a cumprir pena de 19 anos e seis meses de reclusão em regime integralmente fechado. A turma julgadora decidiu, ainda, devolver a arma apreendida ao advogado Marcos Vassiliades Pereira. Cabe recurso ao Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal.

Em julho de 2004, o réu foi condenado a 16 anos de reclusão. A sentença foi proferida pelo juiz Cassiano Ricardo Zorzi Rocha, da 5ª Vara do Júri da Capital, após um júri. Os jurados entenderam que o crime ocorreu por motivo fútil e com meio que impossibilitou a defesa das vítimas.

Insatisfeitos com a sentença, o Ministério Público e o réu recorreram ao tribunal. O MP pediu o aumento da pena e a defesa requereu a anulação da sentença.

Briga de trânsito

Fábio Valente de Mendonça Júnior tinha levado seus sobrinhos, Tainá e Lucas, para passear de carro com o cachorro da família. Ele parou o Kadett em frente à casa do amigo Alexandre Certo, na praça Marquês de Itanhaém. Ficou conversando na rua com Alexandre e o advogado Marcos Vassiliades Pereira.

A discussão de trânsito foi iniciada depois que o Monza de Guilherme, que era dirigido por um adolescente, atingiu de raspão o Astra do advogado. O carro passou em alta velocidade e raspou o pára-choque do Astra. Eles decidiram perseguir o Monza para anotar a placa. O advogado e o tio de Tainá entraram no Astra.

Alexandre entrou no Kadett, onde estavam as duas crianças. Os dois automóveis saíram em perseguição ao Monza pela avenida Antônio Batuíra. Nas proximidades da praça Panamericana, no Alto de Pinheiros (zona oeste de São Paulo) os carros pararam e Guilherme disparou contra o Kadett, acertando Tainá na cabeça e ferindo o advogado.

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