Crise aérea

OAB do Rio defende demissão imediata de ministro da Defesa

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1 de novembro de 2006, 18h30

O presidente da OAB do Rio de Janeiro, Octávio Gomes, defendeu nesta sexta-feira (1º/11) a imediata demissão do ministro da Defesa, Waldir Pires, por causa da crise enfrentada pelo transporte aéreo nacional na última semana.

“A crise do tráfego aéreo no Brasil tem se agravado a cada dia, com prejuízos incalculáveis a milhares de cidadãos, e o ministro da Defesa tem dado demonstração de absoluta incompetência para resolvê-la, razão pela qual a sociedade clama por sua substituição por alguém com aptidão para solucionar o problema”, disse o presidente da OAB fluminense.

Para Octávio Gomes, a greve dos controladores de tráfego aéreo no país, fato que tem provocado atrasos constantes em vôos nos principais aeroportos, é apenas mais um dado nessa crise que se iniciou com o acidente fatal da Gol.

Ele afirmou, ainda, que o governo precisa indicar para o Ministério da Defesa alguém que tenha condições de gerir a defesa nacional, mas também o transporte aéreo, responsável por milhares de passageiros entre as principais cidades brasileiras. “Precisa ser alguém que tenha atitude, que não fique em cima do muro, contemporizando, e resolva democraticamente a situação”.

“A greve branca dos controladores de vôos, para a qual o Ministério da Defesa parece não ter qualquer solução imediata, está extrapolando e o principal culpado é Waldir Pires, a quem está vinculado o Comando da Aeronáutica”.

Os controladores do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 1), de Brasília, iniciaram a operação-padrão no dia 27de outubro, reduzindo o número de aeronaves vigiadas por controlador.

A categoria decidiu que não iria mais trabalhar acima de sua capacidade após a queda do avião da Gol em Mato Grosso, que resultou na morte dos 154 pessoas, em 29 de setembro, e no afastamento de oito controladores do Cindacta 1.

A operação-padrão também é uma reação da categoria à suspeita de que a conduta de um funcionário do Cindacta 1 teria contribuído para o acidente.

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